segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Incentivo fiscal mira qualificação da programação das emissoras de televisão

Por meio do artigo 3º-A da Lei nº 8.685 (Lei do Audiovisual), regulamentado em outubro do ano passado pela ANCINE (Agência Nacional do Cinema), emissoras de televisão que adquirirem programas estrangeiros receberão incentivo fiscal para investirem na produção de obras audiovisuais brasileiras, de produção independente.

O artigo 3º-A foi criado com o objetivo de estimular a associação entre cinema, televisão e produção independente no Brasil, ampliando as oportunidades para a veiculação de obras nacionais nas grades de programação, tanto do Brasil quanto do exterior.

A produções nacionais, com exceção dos reality shows, novelas e programas de auditorio, podem ser contempladas, desde que formem parcerias com produtoras brasileiras independentes. Ou seja, serão consideradas apenas aquelas que se inclinem ao conhecimento/entretenimento funcional, como documentários, filmes, minisseries e programas especializados.

A Lei indica uma valorização do conteúdo da programação nacional e dos produtores independentes, indo de encontro a necessidade, especialmente, do público restrito aos canais abertos, mais carente nesse quesito.

Confira a matéria da Folha de S. Paulo com mais detalhes sobre o assunto:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u496141.shtml.

2 comentários:

Anônimo disse...

Creio que esta lei, em sua essência, ou seja, sua finalidade social, é boa. Porém, pode causar alguns maleficios para a cultura do desaculturado povo brasileiro.

Imagine. A Rede Globo compraria cada vêz mais programas sem conteúdo algum, tal qual o BBB, forçando-nos a engolir fanqueiras, modelos e ratos de academia, alegando ajuda ao cinema nacional.

O povo continuará gastando R$5,00 + impostos (que doem mais do que letras miúdas, com as quais são escritas), mas não gastará um miserável real para ver o filme nacional no cinema. Que, digamos, ainda salgado. Esperando aquela cópia genérica, trazida pela simpática dona alguma coisa, ou pelo meu amigo seu não sei quem.

Não dá pra esperar muito mais do que o Brasil do Brasil.

Anônimo disse...

A idéia aparentemente parece boa, estão excluindo os reality shows, programas de auditorio etc, inicialmente incentivando programas mais 'educativos'. Porém porque deve partir da compra de produtos estrangeiros?