quarta-feira, 25 de junho de 2008

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A difícil tarefa de pautar...

A cada dia a batalha pela inserção de uma noticia na imprensa se torna mais difícil. Não pelo conteúdo de pautas oferecidas, mas pela inacessibilidade com os colegas jornalistas. E claro, não por culpa deles.

Acontece que o que um dia foi a maravilha das intermediações de pauta, o abençoado e-mail, tornou-se uma ferramenta por demais competitiva na comunicação com as redações. Todos os dias são centenas de e-mails competindo espaço na caixa postal de cada jornalista e a tarefa da leitura para estes torna-se quase impossível.

Sou da opinião de que o follow up é algo muito valioso e necessário, mas que deve ser utilizado com extremo critério e bom senso, para que além dos e-mails, os telefonemas não sejam outro tormento na vida das redações. Porém, na impossibilidade de ter um email lido o follow up tornou-se – desculpem os colegas – um mal necessário.

Eu acredito – como alguns jornalistas já verbalizaram e até já tivemos comprovação – de que pauta boa tem retorno independente do follow up. Porém, estatisticamente também temos a comprovação de centenas de jornalistas que nem sequer conseguiram ler nossa pauta até que o contato telefônico fosse realizado, aliás, diversas vezes após diversos envios do texto. Contatos estes que foram fundamentais para que grandes matérias fossem produzidas. O contrário também já aconteceu, de sermos questionados depois da divulgação de um evento por algum jornalista que está produzindo algo sobre o mesmo assunto e “reclama” não ter recebido nosso material, mesmo após vários envios, confirmações de lida e tentativas de follow ups.

Muito se fala da proliferação dos blogs, das redes sociais e correlatos para a divulgação do futuro, substituindo inclusive os releases. Mas penso que este modelo - a exemplo de tudo que se refere à tecnologia da informação - cresce assustadoramente e também irá saturar. E ainda sendo muito eficientes, estes novos canais de comunicação precisam de divulgação para se fazer conhecidos, caso contrário, continuarão sob a demanda da procura por interesse e não pela divulgação ativa.

Como tivemos uma bolha na internet os blogs e afins poderão ser a próxima bolha a estourar? Se for, por onde caminhará a sugestão de pauta sendo essa uma alternativa aqui apontada?

Enfim, frente a este cenário, passamos a matar vários leões por dia - e não apenas um - para gerar os resultados sobre as pautas que acreditamos... e anseio, muito, em saber como será o futuro.

Por Erika Baruco

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Esta semana Vladimir Valladares, Diretor da V2 Consulting, esclareceu duvidas dos internautas sobre qualidade de atendimento dos contact centers no chat do Jornal Hoje (TV Globo). O assunto foi tema de matéria em virtude de pesquisa realizada pela consultoria GFK Indicator. Confira!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

5ª Postagem

Jornalismo lá e cá: os dois lados do “balcão”

Você já reencontrou seus ex-colegas de faculdade? Se ainda não, sugiro que o faça. Marque com quantos for possível. Uma reunião dessas pode ser bem interessante. Sobretudo em termos profissionais.

Nas conversas com o pessoal da “antiga”, a gente acaba ouvindo relatos da vida profissional que são preciosidades. Um e outro foram vender batata na feira, e acabaram se dando bem na vida, longe da comunicação social. Aliás, viraram pessoas bem mais comunicativas que o restante dos mortais...

A grande maioria, no entanto, enveredou mesmo pela comunicação e todas as suas áreas de abrangência. No jornalismo, tem o cara que é de jornal diário, a bonitona que foi parar na TV, o maluco que adora uma revista especializada, os abnegados que fincaram os pés em rádio, os mais antenados que partiram para o meio on-line e, ainda, os que optaram por assessoria de comunicação.

“Humm”. Já houve uma época em que era assim mesmo que os colegas “descreviam”, sem disfarçar a desconfiança, sobre os jornalistas das assessorias, do mundo corporativo, os “do outro lado do balcão”. Aliás, alguns até hoje assopram esse “hummm”. O que não percebem, muitas vezes, é que quem está cá, lá já esteve também, e se não, também tem a visão do jornalista, pois se formou e atua para isso.

Uma relação complicada, muitas vezes, pois “vender” o peixe não significa, ao pé da letra, se vender. O pessoal do outro lado do balcão sabe o que está propondo e de sua adequação às necessidades da imprensa. Sem falar no papel facilitador para orientação de conteúdo e entrevistas com personalidades, profissionais técnicos, presidentes de grandes empresas e outros tantos, com os quais a imprensa diária e especializada precisa se relacionar.

Sintetizando, diria que a especificidade das assessorias, cada qual atuando em um determinado nicho de mercado, contribui de forma eficaz com os mais variados assuntos e interesses, auxiliando e gerando conteúdo para ser transmitido ao consumidor final: leitores, ouvintes, telespectadores, internautas. Aliás, é para eles que são geradas as informações. E sem eles, nem os de cá, nem os de lá do balcão, sobreviveriam.

E a despeito de as Assessorias serem pagas para trabalhar com a imagem de uma empresa, produto ou pessoa, estas têm como missão principal o bom relacionamento com quem irá gerar o conteúdo das mídias, os seus amigos jornalistas, que, aliás, também são pagos e são sustentados pelos anunciantes.

A relação pode e deve ser profissional e ética de ambas as partes, desde que se estabeleça este princípio de ambos os lados.

Ricardo Berlitz
Especial para o Blog da Baruco

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Bom conteúdo garante fonte de qualidade para a mídia

O destaque de resultado de mídia desta semana fica para a entrevista que o neurocirurgião e coordenador do Centro de Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julgo, Claudio Fernandes Corrêa, concedeu à revista Época sobre a cirurgia do senador norte-americano, Ted Kennedy, para extrair um tumor cerebral.

O Dr. Claudio é um importante exemplo de cliente que devido a bom conteúdo e preparo com a mídia, virou fonte regular dos principais veículos de comunicação do país. Confira a matéria:
http://www.baruco.com.br/blog/epoca_tumorcerebral.pdf

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Desabafo!

Em tempos em que os espaços para noticias relevantes nos veículos estão cada vez mais concorridos, o destaque da semana passada foi para o super relevante “Concurso de arremesso de celulares”...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Dois assuntos que dão o que falar


Você acha que a internet assumirá o lugar dos veículos impressos?

Como saber? Talvez esta seja uma questão para visionários como Monteiro Lobato e Machado de Assis que tinham o dom de “prever” e expressar o futuro por meio das palavras.

Mas tudo indica que sim...

No Brasil, não há a cultura da leitura. Em números, somos um dos países com menor índice de leitura anual de livros per capta. E quem não lê livro, não lê jornal, e por aí vai.

Recentemente, um relatório com base na pesquisa do "World Digital Media Trends" apontou que a expansão da Web está cada vez maior, devendo, em cinco anos, ser o meio de comunicação mais importante em vários países. A Internet se sobreporá aos impressos, sendo reinante na opção dos leitores das novas gerações.

Que a internet tem colaborado muito para a queda da circulação dos jornais, isto já é fato. Além da dinâmica do canal, atraente para o público jovem e também para os sem tempo, diversos conteúdos podem ser lidos gratuitamente, em vários portais e sites das principais revistas e jornais do mundo inteiro. São várias as notícias que chegam acenando para o crescimento do meio.

Por outro lado, em algumas das principais cidades do Brasil e do exterior, a distribuição dos jornais gratuitos cresce a cada dia. Ou seja, o movimento dos gratuitos também é um aspecto a ser levado em conta, já que para muitas pessoas pagar a conta da assinatura ou a compra de jornais e revistas faz a diferença.

Enfim, quando a TV apareceu, muito se falou que o rádio desapareceria. Não foi isso o que aconteceu. Ele está no ar até hoje, muito bem, obrigado.

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Saúde comemora o Centenário da Imigração Japonesa

Já que estamos em período de comemoração do Centenário da Imigração Japonesa, vamos falar sobre um evento no qual a Baruco está atuando: o Joint Live Demonstration Course.

Trata-se de um dia inteiro de apresentação ao vivo de intervenções cardiológicas, transmitidas do Hospital Dante Pazzanese e Santa Cruz. A ação está sendo promovida pela ONG japonesa International TRI Network, que tem como objetivo disseminar o conhecimento científico em prol da paz e da melhor qualidade de vida.

O evento, que é o único científico a figurar o calendário oficial das comemorações dos 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil, também selará um acordo de intercâmbio de profissionais entre os dois países.

A noite de celebração do encontro contará com o ritual do Masu, utilizado para comemorar importantes reuniões de negócios ou amizade no Japão, em que um tonel de saquê tem sua tampa quebrada pelos principais personagens do evento, antes de servirem a bebida nas tradicionais caixinhas do Masu.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Inéditas

Em ação

Este mês a Baruco Comunicação divulga a ação de Diagnóstico e Tratamento da Neuralgia do Trigêmeo, doença rara, de difícil diagnóstico e que causa grande sofrimento aos seus portadores. Realizada pelo Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital Nove de Julho, a ação irá oferecer, além da identificação da patologia, também o seu tratamento cirúrgico, possibilitado pela parceria do Hospital com laboratórios e médicos do Serviço de Dor. As vagas para o atendimento já começam a ser preenchidas, devido as matérias e entrevistas já trabalhadas pela equipe da Baruco.

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Aparição estratégica

Vladimir Valladares, Diretor da V2 Consulting, estampa duas páginas inteiras da revista Mercado Empresarial deste mês com o artigo Gestão Empresarial: Competitividade Exige Superação. Ação estratégica da Agência visando a inserção em veículo cujo público alvo é fonte rica de prospecção para o cliente. Confira! http://www.baruco.com.br/blog/gestao.pdf

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Notícia comentada


A Folha de S. Paulo publicou na semana passada uma matéria sobre o novo livro do norte-americano e doutor em Inglês pela UCLA, Mark Bauerlein, de título “The Dumbest Generation: How the Digital Age Stupefies Young Americans and Jeopardizes Our Future – Or, Don’t Trust Anyone Under 30” (A geração mais estúpida: como a era digital embasbaca jovens americanos e põe em risco nosso futuro – ou Não acredite em ninguém com menos de 30).

No livro o autor afirma que as novas tecnologias não colaboram para o desenvolvimento crítico e intelectual dos jovens, uma vez que o conteúdo da internet está escrito de maneira extremamente contextual e resumida. Diz que os jovens não tem conhecimento histórico e nem interesse por questões internacionais, assim como estão se afastando da leitura de livros e tendo cada vez mais dificuldade de escrever e embasar argumentos.

Mark ainda argumenta que as pessoas que começaram seus estudos antes da era digital, ou seja, pessoas com mais de trinta anos, são as que possuem maior embasamento para análises e conseguem ter maior desempenho no raciocínio lógico, além de não terem uma relação amigável com redes sociais e blogs.

A matéria mostra, porém, um contra-ponto aos argumentos de Mark, pelo colunista da “Wired”, Steven Johnson. Em seu livro “Surpreendente” (Editora Campus, 2005) Steven, que é considerado um dos mais influentes pensadores do assunto também polemiza ao relatar que “tudo o que ruim é bom para você”, referindo-se ao fato de que games, internet e TV potencializam as faculdades cognitivas das pessoas, ao exigirem a elaboração constante de raciocínio.

Steven acredita que o aumento do número de informações e acesso a elas é um caminho natural da história e que apesar do declínio na capacidade de estruturar argumentos extensos, este é minimizado pelas novas habilidades adquiridas.

E você, o que pensa sobre isso? A internet lhe deixa burro, muito burro demais? Ou abre seus canais cognitivos para o conhecimento do que apenas realmente interessa? Aliás, antes de responder a esta pergunta, nos diga também a sua idade, ok?