quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Mídias digitais

A Baruco, que dentre seus 8 anos de atuação vêm evoluindo para se alinhar às tendências do mercado da comunicação, começa a investir de forma intensa em ferramentas online.

O trabalho realizado pela Unidade de Negócios em Mídia Digital atua na identificação de oportunidades para a consolidação da imagem de seus clientes por meio da geração de conteúdos em mídias estratégicas, do estreitar de relacionamento com redes sociais ou formadores de opinião da blogosfera, entre outros.

Abaixo segue um exemplo de ação desenvolvida para o Centro de Dor do Hospital 9 de Julho em que a Baruco criou uma conta do cliente no Youtube para a inserção de matérias sobre os temas relacionados às suas atividades. Outra importante ação foi a aproximação com comunidades de portadores de dor crônica no Orkut, em que o Centro tem atuado como fonte de auxilio para as principais dúvidas dos internautas.

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Festa do Armando

Armando, Armando. Sentado na cadeira de vime, novinha e confortável, olhava profundamente pela janela. Parado e vislumbrando a paisagem, já sem muita nitidez, devido à poluição dos tempos, nos olhos e no ar. Calado, impossibilitado de um som sequer. As cordas vocais já não podiam dar altos, nem baixos. Reflexo dos tempos passados, dos gritos evocados constantemente na transportadora.

Homem exemplar, empresário vencedor, maduro, pai de três moças adultas. Estava há 16 anos no ramo de transportes e como em todos os anos começava já no segundo semestre a preparar a (bendita) festa de fim de ano da empresa.

A festa era grande, afinal de contas era para todos os funcionários da transportadora, do faxineiro ao diretor comercial.

Armando, Armando. Adorava uma farra. E é claro, sempre regada à muita cerveja, comes e um bom pagode para o pessoal sacudir o esqueleto.
É bem nessas horas que Armando aproveitava para fazer seus discursos, agradecendo aos colaboradores pelo empenho efetuado durante o ano e ressaltando o quanto era importante a união de todos para o sucesso não só da empresa, mas de cada um que estava presente ali.

Naquele ano, Dona Lúcia, supervisora do despache das encomendas, se atracou em pleno discurso do patrão com uma subordinada e a demitiu porque a viu beijando seu “bilisco”, o Zé encarregado da frota de caminhões.

Armando se desligava completamente nas horas de lazer que a festança proporcionava, curtindo cada minuto da alegria e integração do pessoal. E tomava pra si que não deveria se preocupar com os barracos em plena folia. De volta ao expediente ele resolveria isso. Afinal, essas coisas podem acontecer em qualquer lugar.

Mas a Catarina, que leva para ele todo o santo dia o seu cafezinho amargo, fica possuída porque o Zé é seu marido. Pediu a demissão da dona Lúcia e da Gisele, se não ela faria um “montim” com sua família (que diga-se de passagem, trabalha em peso na transportadora) e todos iriam pedir as contas.

Foi neste instante que, percebendo que a cada ano a bagunça e os conflitos ficavam piores em suas festas, o senhor Armando lembrou-se do responsável pela “comunicação” da empresa. Chamava-se Gilberto, um homem meio estranho e que ele não entendia muito bem o que fazia, mas que deveria ajudar, pois sempre esteve pronto com palavras e ações para a transportadora.

Ao questionar à sua secretária sobre o contato do “comunicador”, esta responde: Ah! O Sr. Gilberto não trabalha mais para nós há seis meses.

Triste Armando, Armando. Ninguém mais ouve sua voz. Suas cordas vocais lhe calam. Da mesma forma que calou o Gilberto quando este apresentou seu plano de comunicação no ano passado. Menosprezou o trabalho de Gilberto. Como seus antigos gritos, a comunicação da transportadora já não encontrava ressonância em momentos instantâneos.

Armando, Armando. Voltou a olhar para a janela e a contemplar o céu cinzento, poluído, como as lembranças das festas de todo ano e do tal plano de comunicação que nunca dera valor. Uma comunicação que nunca fez parte do cerne da sua empresa.

Por Aline Pires

terça-feira, 26 de agosto de 2008

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Lei Municipal 14.517 e a necessidade de se reinventar

Em meio a polêmicas a respeito da lei municipal que proíbe a distribuição de panfletos publicitários nas ruas da cidade de São Paulo, empresas usam a criatividade para chegar aos seus potenciais consumidores.

Sem entrar no mérito do desperdício de papel, sujeira e poluição que tais folhetos possam gerar, que por si só já merecem um post exclusivo, o que proponho analisar são as situações de crise que geram em alguns empresários a oportunidade para inovar e abrir novos caminhos para a viabilização de seu negócio.

Na questão da distribuição dos folhetos, representada de maneira relevante pelo setor imobiliário, tenho me deparado com novos “jornais de bairro” que dividem o espaço de noticias sobre saúde, qualidade de vida e lazer da região com um destacado anúncio de lançamento de imóvel, em que fica claro para quem entende um pouco de comunicação, ou simplesmente tem uma percepção mais aguçada, de que se trata de uma ação da própria construtora ou imobiliária para manter a veiculação de anúncios. Ou seja, protegidas pela exceção da lei que permite a distribuição gratuita de jornais e publicações contendo, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de matéria jornalística, o setor mantém as atividades de divulgação de seus lançamentos.

É mais uma demonstração do famoso jeitinho brasileiro, ou se preferirem, da necessidade que impera a busca pela reinvenção e que, pelo menos no exemplo acima, gera mais um canal de informação a população, especialmente a mais carente que não tem por hábito a compra de jornais.

Por Erika Baruco

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Quem lê tanta notícia?

O 7º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) trouxe algumas discussões importantes sobre jornais impressos e novas mídias, ou mídias digitais. Enfim, a fusão ou não do bom e velho jornal com as novas ferramentas que evoluem a cada instante e as conseqüências para a cerne do jornalismo.

Os norte-americanos vêem na integração das mídias uma solução para as repetidas perdas financeiras e quedas na circulação de jornais. Mas eles têm o que defender, afinal, o Vale do Silício fica aonde?

Mas não é só isso. Há possibilidade, sim, para integrar o jornal impresso e a internet. No Brasil, país que a cada dia vê crescer o número de pessoas conectadas e a possibilidade real de compra de PCs, laptops, iPhone etc, a integração é grande, com informações de bons conteúdos no impresso e no digital.

Mas, do 7º Congresso Brasileiro de Jornais prestei atenção em duas vozes, que pelo jeito vêem o mundo do jornalismo – e da informação em si – com mais propriedade. Primeiro o espanhol Javier Errea, que aponta como prioridade o jornalismo como “o coração do negócio”. E também sua corajosa forma de expressar o que todo mundo no fundo sabe: "fala-se muito em tecnologia, quando o foco é apresentar o bom jornalismo de maneira cada vez mais interessante. Em um mundo em que há tanta gente opinando, o que falta é alguém que filtre".

Na mesma linha de raciocínio, Judith Brito, nova presidente da ANJ, aponta que "a informação de qualidade e de credibilidade é o nosso negócio e o grande patrimônio".

Ou seja, mais que a discussão se deve ser impresso ou eletrônico, ou se devem ou não interagir, o conteúdo da informação é a chave do negócio.

Diante dessas colocações me vem à cabeça uma frase de Caetano Veloso que conclui meus pensamentos: ‘quem lê tanta notícia?’.

Ricardo Berlitz
Especial para o Blog da Baruco

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

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Regulamentação do Governo Federal para setor de atendimento ao cliente repercute na mídia

Devido à nova regulamentação do setor de atendimento ao cliente (call centers), assinada pelo Presidente Lula na semana passada, Vladimir Valladares, diretor da V2 Consulting e cliente da Baruco há um ano, foi fonte de diversas matérias. Uma de suas entrevistas, concedida para a jornalista Isabel Sobral, do Jornal O Estado de S. Paulo, foi publicada na Agência Estado e replicada em diversos outros veículos. Confira...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

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A voz que não pode calar

A voz é um dos recursos mais primitivos da comunicação, presente em nossas vidas desde o momento em que nascemos. É, sem dúvida, um ótimo recurso natural com o qual fomos presenteados.
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Do velho sinal de fumaça às mais novas tecnologias, a evolução na área da comunicação passou por grandes avanços, tanto quanto a fala. Por outro lado, a atenção que se tem dado à ela não consta da nossa lista de prioridades diárias. Basta observar que você dedica muito mais tempo com atualizações, backups e limpeza de seus computadores do que cuidando, atualizando e limpando a sua voz.
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Se faltar luz ou se a internet parar por qualquer motivo, você vai ficar desesperado, não vai? Então, e se as suas cordas vocais “apagassem”?
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Por meio da voz é possível não somente transmitir uma mensagem, mas também sentimentos e emoções. Por vezes, uma boa entonação e postura de voz significam conhecimento e credibilidade, e como conseqüência, demonstram capacidade para gerir, criar, desenvolver e liderar negócios. Quem fala em público deve prestar ainda mais atenção, afinal o domínio vocal pode ajudar a cativar ou dispersar a platéia.
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Muitos profissionais de comunicação sabem que a voz atua como sua anfitriã, colhendo de seus ouvintes a esperada atenção. Por isto, esta ferramenta de trabalho merece atenção especial, que vai além de uma boa higiene vocal. Sim, como qualquer outra parte do corpo, a voz também precisa de exercícios para favorecer a articulação da fala, assim como diminuir o esforço durante a fonação e os riscos de problemas mais sérios no futuro.
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Por isso os fonoaudiólogos receitam cuidados essenciais para uma boa qualidade vocal e que se configuram em hábitos simples, mas que podem melhorar a fluência e potência das pregas vocais, tais como:
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- manter o corpo bem hidratado;
- evitar gritar ou falar muito alto, competindo com outros sons;
- evitar o consumo de fumo, álcool e drogas;
- evitar o uso de pastilhas e sprays que podem anestesiar a garganta dando a sensação de melhora instantânea e falsa impressão de solução do problema;
- evitar ingerir leite e seus derivados antes de dormir, devido a liberação de substâncias que podem agredir as pregas vocais.
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Por isto, preste atenção tanto na voz que fala, quanto na que cala. Com a palavra, Chico Buarque de Hollanda, na genial composição A voz do dono e o dono da Voz: “E disse: minha voz, se vós não sereis minha / Vós não sereis de mais ninguém”.
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Colaborou Lívia Marangoni Alfaya
Fonoaudióloga

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

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Inacreditável
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Esse foi o título do e-mail que recebi de um amigo jornalista, falando de uma matéria publicada na internet, de um grande veículo de comunicação. Vou explicar o porquê, não só do título do e-mail, mas também do título deste post: é inacreditável o que a imprensa anda publicando sem pesquisar, ou no intuito apenas de camuflar o que não é mais inédito e vendê-lo como tal, a fim de divulgar parceiros comerciais.

A notícia em questão relata sobre descobertas inéditas relacionadas à funções do cérebro, por parte de pesquisadores de um tal hospital parceiro. Funções estas, por sinal, estudadas desde a década de 50, com diversas práticas cirúrgicas já realizadas em virtude das descobertas. Mas, inacreditável mesmo é receber os questionamentos desta mesma imprensa sobre o ineditismo e relevância de pautas oferecidas sob o mesmo tema, porém com a verdade de não serem necessariamente desconhecidas.

Sem questionar a noticia relatada acima, mas sim o fato de ser apresentada como algo inédito, pergunto, afinal: o que é novidade? Deixando o dicionário de lado, podemos atestar que novidade é aquilo que é percebido por um individuo especialmente no momento em que ele se interessa pelo tema, motivado por sua necessidade. Nesse sentido, um determinado tratamento médico apesar de não ser inédito pode ser relevante para alguém somente após o seu acometimento, ou de um familiar, pela doença a ele relacionado. Assim, o sentido do inédito passa pelo interesse do tema que se perpetua e evolui a todo instante.

O que é para ser questionado é o fato de a imprensa descartar com freqüência este mesmo tipo de noticia apenas pelo simplismo de já ter sido anunciado um dia, assim como o contrário, que é o fato de divulgar algo como inédito, quando não é, apenas por que lhe convém.

Sabemos que os veículos de comunicação vivem de anunciantes, assim como as assessorias de imprensa vivem do fee de seus clientes, mas a ética não deve ser deixada de lado e sim a hipocrisia de que assessores só pensam em vender seus clientes a qualquer custo, como se os colegas jornalistas dos veículos estivessem acima do bem e do mal, pois há tempos vivenciamos veículos omitindo notícias negativas de seus anunciantes, os chamados “clientes da casa”.

Em tempo, a "novidade" do momento refere-se aos veículos digitais aproveitarem a memória fraca das pessoas (diga-se de passagem, pela própria dinâmica da internet), para publicar o que bem entendem como “inédito”.

Pois é, amigo jornalista: isso é realmente é inacreditável!

Por Aline Pires