segunda-feira, 20 de outubro de 2008

...

Crise nos Bancos

Há uma crise nos bancos (financeiros). E soluções (humanas) também.

Recentemente o Ministério Público Federal (MPF) e a Febraban (Federação Nacional dos Bancos) assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para garantir melhor acessibilidade para pessoas com deficiência física e visual, sobretudo, nas agências bancárias. O prazo de adaptação é de um ano, embora já devessem ter tomado a iniciativa antes. Essa, sim, é uma crise que se estende há muito tempo.

Exemplos não faltam. Uma das entidades que mais se dedica aos direitos e respeito aos deficientes, a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), promove a reabilitação e a inclusão social de crianças, adolescentes e adultos portadores de deficiência. Em todo o seu conjunto de ações, a AACD ganhou respeitabilidade pelo seu trabalho, e amplitude com a proposta de comunicação através do TELETON, evento anual que recebe apoio do SBT, que disponibiliza toda a sua estrutura para a realização do evento, com mais de 24 horas de duração, durante toda a programação da emissora e com dedicação integral, tanto por parte dos voluntários da entidade como dos colaboradores da emissora.

Recentemente, Ewaldy Marengo fez um excelente trabalho de comunicação 2.0 com o Blog do Teleton oficial, feito pela equipe que está trabalhando na produção do Teleton, e com anuência da AACD na utilização do nome. O blog: http://www.blogteleton.com.br mostra que inovação e coragem são ações que devem andar juntas, promovendo um crash na velha estrutura das sociedades modernas. Talvez por se preocupar menos com o financeiro, e mais com o humano.

Um outro banco em apuros é o de alimentos. Bangladesh, por exemplo, considerado o mais pobre entre os 49 países menos desenvolvidos do mundo, propõe a criação de um banco mundial de alimentos. A proposta é conhecida “num momento em que a maioria das nações em desenvolvimento com déficit alimentar se preocupa com o impacto que, cedo ou tarde, terá a crise econômica em expansão”, como resume o primeiro-ministro de Bangladesh, Fakhruddin Ahmed.

No Brasil, uma das atitudes mais marcantes neste sentido foi a criação do Banco de Alimentos http://www.bancodealimentos.org.br, uma iniciativa de Luciana Chinaglia Quintão, economista, mestre em administração e profissional com formação antroposófica. O Banco de Alimentos trabalha, efetivamente, desde janeiro de 1999. Seu objetivo é minimizar os efeitos da fome, através do combate ao desperdício de alimentos e promover a educação e a cidadania.

Portanto, vemos crises em bancos e “bancos”. E algumas soluções e iniciativas anos-luz à frente de muitas idéias tacanhas observadas pelas redondezas de Wall Street.


 

Por Ricardo Berlitz

Nenhum comentário: