sexta-feira, 10 de outubro de 2008

...

Eleja a sua comunicação

Acabamos de contracenar com a democracia. Para muitos, que participaram da retomada ao direito de voto, eleições são sempre melhores que o voto indireto, quando era mantido o mesmo status quo, ou seja, seguindo a arbitrariedade.

Na comunicação, devemos privilegiar também nossos candidatos. Não entrar na onda, não cair em promessas que não poderão ser atendidas. A observação é que não basta falar (apenas) em melhores propostas, mas sim ter a mais coerente das propostas. 

A comunicação está cada vez mais interativa. Observe as grandes e pequenas publicações: todas dão atenção à opinião do Leitor. Que nada mais são que seus Eleitores. Sim, uma empresa de comunicação permanecerá no governo de sua audiência quando der vazão à voz de seu público, do seu povo. 

De nada adianta ter uma comunicação de fachada e unilateral. Não funciona mais. Se assim fosse, pequenas “emissoras”, pequenos programas, não teriam tantos “votos”. Comparativamente, marketing ancorado por muita ação é o mais eficaz dos processos comunicativos. 

Shakeaspeare já mencionava o cuidado que devemos ter para não nos tornarmos idênticos aos nossos algozes. E o que se vê em comunicação por aí muitas vezes é o mesmo que vemos na política: muito blá, blá, blá e nada de efetivo. Ou seja, não se pode apresentar os mesmos resultados àqueles apresentados pelos seus adversários (leia-se concorrentes).

Também tiramos desta eleição lições importantes que podem ser transferidas à comunicação social e corporativa. Na síntese, alguns velhos esquemas foram condenados. Quem não perceber os novos tempos, perderá o trem da história. Perderá a eleição. Traduzindo, perderá espaço nos meios de comunicação para a concorrência, às vezes menor, mas mais pró-ativa.

Por Ricardo Berlitz

2 comentários:

Anônimo disse...

Tem que ler Marx, Weber, Maquiavel, e vários etc., antes de escrever sobre política e sobre comunicação.
Pra cuspir na estrutura (ou tentar analisá-la) tem que ter cultura !

  disse...

Caro (a) anônimo,

Agradeço a sua interação, já que esta é a proposta deste blog. Acredito que toda a crítica é construtiva, desde que coerente. Assim, sinto que é importante resumir para você que aos 15 anos de idade já escrevia para jornais. Aos 16, participei ativamente dos movimentos que exigiam eleições diretas no Brasil. Fui militante de partido político, razão pela qual tive o privilégio de ler todos os clássicos, entre eles O Capital, de Marx. Em tempo, tenho 41 anos atualmente.

No domingo, logo após as eleições, observei vários resultados e escrevi o post em questão. Ontem, no entanto, agradável surpresa ao saber que estava no caminho certo ao ler o artigo da historiadora Maria Aparecido de Aquino, da USP.

Abraços,
Ricardo Berlitz