segunda-feira, 28 de julho de 2008

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Ruidos da comunicação

O que se lê, vê, ouve e sente - tudo é parte da comunicação. E como tal, tem os seus ruídos. Por isto, é bom prestar atenção no que você está lendo, vendo, ouvindo e sentindo. “O grau de ruído que se ouve num som varia conforme o contexto”, diz o compositor e professor de Teoria Literária da USP, Miguel Wisnik. "As imagens sempre foram o método preferido para a comunicação porque elas carregam muitas informações em seus detalhes," afirmação de um físico da Universidade de Maryland e do instituto NIST, ambos nos Estados Unidos, que estuda imagens quânticas.

As "incertezas" da luz e do som estão também no dia-a-dia da comunicação, nos textos diários de jornais e da internet, e nas revistas. Nas ondas que transmitem vozes das rádios, aliadas às imagens, na TV.

Pois sem tomar partido, apenas lendo e vendo a poeira baixar, li um texto muito bom, que me fez pensar na comunicação corporativa também. “Sobre o papel do subjuntivo no mascaramento da bandidagem” (http://www.idelberavelar.com/archives/2008/07/). Sim, sobre o caso Daniel Dantas. E o fato abordado pela imprensa de que o delegado Protógenes usa o subjuntivo, o “português truncado” em seu relatório. Diz o professor Avelar, autor do texto, que “Nunca li um relatório policial em que o português não fosse truncado”. Lemos, na verdade, muitas matérias truncadas, em todas as mídias. E vemos ‘incertezas’ de som e de luz nos gerenciamentos de crise e nas operações abafa-escândalos.

Imagine então o ruído existente por aí, pela internet, na correria das redações, nos fechamentos apressados de telejornais, na correria das rádios.

E no cotidiano destas ações, quantos ruídos despercebidos? Fatal, mas não conformador. Como formadores de opinião que somos, em maior ou menor grau, precisamos nos ater com extrema responsabilidade sobre o que expressamos, seja em qualquer canal de comunicação, não imputando à dinâmica da comunicação a culpa pelos desvios.

Na comunicação corporativa, não pode ser diferente. Afinal, um “ruído” pode modificar toda uma estratégia de comunicação e deturpar um produto ou serviço, modificando o seu conceito e posicionamento. E em tempos de IPO e afins, o ruído da comunicação pode ainda derrubar o valor de ações de uma empresa nas bolsas de valores mundo afora e causar grande prejuízo às empresas e seus investidores.

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