quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Quem lê tanta notícia?

O 7º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) trouxe algumas discussões importantes sobre jornais impressos e novas mídias, ou mídias digitais. Enfim, a fusão ou não do bom e velho jornal com as novas ferramentas que evoluem a cada instante e as conseqüências para a cerne do jornalismo.

Os norte-americanos vêem na integração das mídias uma solução para as repetidas perdas financeiras e quedas na circulação de jornais. Mas eles têm o que defender, afinal, o Vale do Silício fica aonde?

Mas não é só isso. Há possibilidade, sim, para integrar o jornal impresso e a internet. No Brasil, país que a cada dia vê crescer o número de pessoas conectadas e a possibilidade real de compra de PCs, laptops, iPhone etc, a integração é grande, com informações de bons conteúdos no impresso e no digital.

Mas, do 7º Congresso Brasileiro de Jornais prestei atenção em duas vozes, que pelo jeito vêem o mundo do jornalismo – e da informação em si – com mais propriedade. Primeiro o espanhol Javier Errea, que aponta como prioridade o jornalismo como “o coração do negócio”. E também sua corajosa forma de expressar o que todo mundo no fundo sabe: "fala-se muito em tecnologia, quando o foco é apresentar o bom jornalismo de maneira cada vez mais interessante. Em um mundo em que há tanta gente opinando, o que falta é alguém que filtre".

Na mesma linha de raciocínio, Judith Brito, nova presidente da ANJ, aponta que "a informação de qualidade e de credibilidade é o nosso negócio e o grande patrimônio".

Ou seja, mais que a discussão se deve ser impresso ou eletrônico, ou se devem ou não interagir, o conteúdo da informação é a chave do negócio.

Diante dessas colocações me vem à cabeça uma frase de Caetano Veloso que conclui meus pensamentos: ‘quem lê tanta notícia?’.

Ricardo Berlitz
Especial para o Blog da Baruco

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